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A pecuária bovina de baixa emissão, rastreada e certificada é possível

  • Foto do escritor: Isa Drigo
    Isa Drigo
  • 1 de set.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 4 de set.





A pecuária bovina ocupa um espaço enorme na economia brasileira. Esta atividade é, sem dúvida, muito relevante para as economias regionais, mas a pecuária bovina extensiva praticada em larga escala ainda é caracterizada pela baixa produtividade, degradação do solo, e, portanto, responsável por uma alta proporção das emissões de gases de efeito estufa, sendo o principal deles o metano, derivado da fermentação entérica.


Há que se considerar ainda o impacto da mudança de uso da terra para implantação de áreas de pastagem, e uma superfície razoável de pastos degradados ou com algum grau de degradação que precisam ser recuperados. Embora uma parte da conversão de vegetação nativa seja parte do processo de grilagem de terras e não para fins genuinamente produtivos, médios e pequenos produtores de gado não alcançados pelas políticas públicas ainda praticam uma pecuária precária e de altas emissões.


No sentido da reversão deste quadro, há dois movimentos em curso que dão sinais de aceleração. Em primeiro lugar estão os compromissos assumidos pela indústria da carne para pôr fim ao desmatamento ilegal, promover o desmatamento zero e a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva.


Mas para além de eliminar o desmatamento e rastrear o rebanho, é preciso escalonar os modelos produtivos já detalhadamente descritos pela ciência brasileira, e que têm o potencial de colocar a atividade na trilha das baixas emissões e da responsabilidade ambiental. Eles envolvem a intensificação, o pastoreio rotativo, a melhoria genética e a diversificação de pastagens.


São notórios os avanços nos últimos anos. Mas ainda resta o desafio de envolver todos os elos da cadeia da carne bovina. Enquanto os fornecedores diretos, que são as fazendas que se ocupam da fase de engorda, conseguem ser controlados quando há acordo e implementação, os chamados fornecedores indiretos, que se ocupam da fase de cria e recria, e que podem ser muitos, ainda não foram alcançados. Por isso, criar as condições para uma cadeia bovina integralmente rastreada e certificada é central para a sustentabilidade desta atividade econômica.


Confira o texto de Isabel Garcia-Drigo e Marina Galiano para o Nexo Jornal neste link: https://pp.nexojornal.com.br/opiniao/2023/11/17/a-pecuaria-bovina-de-baixa-emissao-rastreada-e-certificada-e-possivel


 
 
 

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